Fundado em 2005, por um professor e um grupo de estudantes idealistas da Universidade Federal do Ceará (UFC), o núcleo completou em junho de 2012 nada menos que sete anos de existência.
Tudo começou com o desafio lançado em sala de aula de estudar, produzir reflexão própria e encenar as peças de teatro gregas que guardam maior relação com as discussões jurídicas e jusfilosóficas. Neste passo, os
integrantes do núcleo organizaram a I Mostra Amadora de Teatro Grego,
em 2005, na qual foram montadas e encenadas adaptações de tragédias de Sófocles
(Édipo-Rei, Édipo em Colono e Antígona), bem como da comédia A Revolução das Mulheres, de
Aristófanes, todas elas representadas no Teatro Celina Queiroz, da Universidade de
Fortaleza (UNIFOR).
Em
2010, o núcleo participou e apoiou a montagem de adaptação da peça As Vespas, comédia de Aristófanes
que satiriza o poder de julgar, desta feita no Teatro Universitário Paschoal
Carlos Magno, da Universidade Federal do Ceará (UFC), cujo registro em vídeo
pode ser visto no Youtube, através do endereço a seguir:
Como
resultado das reflexões e debates sobre os textos das peças encenadas, os
integrantes do NIDIDRA publicaram também artigos em revistas científicas
especializadas, como por exemplo:
Além
disto, seus integrantes sempre têm organizado e/ou participado de eventos, como
debates, torneios erísticos, seminários, julgamentos e júris simulados,
explorando as temáticas de interesse do núcleo.
Como
resultados desta intensa atividade de estudo, pesquisa e extensão, vários de
seus ex-integrantes, foram aprovados em concursos públicos para carreiras
jurídicas e não jurídicas, inclusive o magistério superior ou foram aprovados
em seleções para mestrado e/ou doutorado em instituições de ensino superior do Ceará e de outros estados.
A existência do núcleo e sua intensa atividade, desenvolvida numa das áreas de maior tradicionalismo do ensino dogmático, é uma evidência de que estudantes e professores podem, com iniciativa, disposição e criatividade, transpor os limites do ensino positivista do Direito através da arte e da sensibilidade, superando aquela educação que Paulo Freire chamava de "educação bancária", que tantos males produz na mente e nos corações dos aprendentes.